24 de março de 2012

Camus, sobre a liberdade de imprensa


Albert Camus foi, certamente, um dos principais intelectuais do século XX. Dono de um talento singular, o pensador e romancista franco-argelino assinou obras de valor permanente para a literatura e cultura universais, como "O Estrangeiro"; "A Peste"; sem mencionar os ensaios, como "O Mito de Sísifo"; e peças de teatro, como "Calígula". É um autor, portanto, que merece mais atenção do que um mero post nesse blog/coletânea que mantenho de forma irregular.

De qualquer modo, vale a pena refletir sobre o que o Camus escreveu sobre liberdade de imprensa. Na última semana, o jornal francês Le Monde trouxe um artigo muito apropriado acerca dessa questão. O texto estava num arquivo, ao que parece esquecido, em Aix-en-Provence. Veio à tona a partir do trabalho de Macha Sery. Em síntese, o texto discorre sobre o que Camus considera os quatro mandamentos do jornalista livre: lucidez, recusa, ironia e obstinação.

Abaixo, segue o trecho que reputo como um dos mais brilhantes no artigo. Para o escritor, a ironia era uma arma sem precedentes contra os mais poderosos:

Il reste donc que l'ironie demeure une arme sans précédent contre les trop puissants. Elle complète le refus en ce sens qu'elle permet, non plus derejeter ce qui est faux, mais de dire souvent ce qui est vrai.

Leia o texto completo aqui, na página do Le Monde

Em tempo: a Folha de S.Paulo deste domingo, dia 25/03, traz o texto traduzido para o português brasileiro.