Há alguns anos, escrevi, para a Revista Ensino Superior, um artigo sobre educação em tempos de mídias sociais e internet. É claro que, hoje em dia, boa parte das referências ali listadas fazem pouco sentido, sem mencionar o fato de que Twitter e Facebook, agora vedetes, sequer foram citados.
De qualquer maneira, o texto ainda tem seu lugar de ser, sobretudo porque a questão de ordem, a leitura, permanece como pré-requisito para a atividade intelectual. E naquele artigo esse era o pano de fundo:
Imaginar que os educadores têm de pensar estratégias criativas e
inovadoras para atender às demandas tecnológicas dos alunos não parece,
assim, a opção mais indicada. Pois o papel do educador e das
instituições de ensino não mudou, embora as tecnologias tenham avançado.
Prova disso é o sucesso "inesperado" do Instituto Dom Barreto, de
Teresina, no Piauí, que obteve a melhor média geral do Enem. O segredo
do sucesso? Entre a biblioteca com mais de 90 mil exemplares e a carga
horária de estudos de mais de sete horas diárias, cumpre destacar a
exigência de que seus alunos leiam 20 livros por ano. Pergunte agora
quantos a geração YouTube, com seus iPods e Ragnaroks, terá lido. Quem
está em sala de aula sabe a resposta.